Jean François Millet (1814-1875), nascido perto de Cherbourg, se formou localmente como pintor e, em 1837, foi para Paris estudar, sob orientações de Delaroche, a respeito de grandes mestres do Louvre. Compôs seu primeiro trabalho a partir de cenas pastorais, retratos convencionais e moda do século XVIII. Mas foi em 1848 que, ao expor “A Bandeja” no Salão de Paris, o artista revelou o que viria a ser o tema da maioria de suas obras: a vida camponesa, tendo como influência a própria infância, visto que o pintor era de origem camponesa. Ao receber críticas a respeito do seu trabalho, Millet declarou que a obra estava a retratar “o lado humano” (simples, humilde) que pretendia expor através da arte e, no ano seguinte, 1849, mudou – se definitivamente para Barbizon, onde, junto com demais pintores românticos da época, fundou a Escola de Barbizon e passou a transferir para as telas o trabalho diário dos trabalhadores rurais, característica que pode classificá – lo como um pintor realista, por não se preocupar com a estética romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos.
Em sua obra mais conhecia, “O Angelus” (hoje, exposto no Louvre), Millet retratou o trabalho árduo de um casal no campo, mostrando suas cabeças curvas, como que devotas à natureza e buscou, nessas figuras humanas com clássica simplicidade, traçar uma harmonia pacífica e rural do trabalhador camponês com o campo, o que era outro ponto de importante observação do artista em suas obras.
Links:
- Delaroche:
http://www.sabercultural.com/template/pintores/Delaroche2.html
- Escola de Barbizon:
http://www.pitoresco.com.br/art_data/barbizon/index.htm
- Realismo:
http://www.historiadaarte.com.br/realista.html